No final de mais um dia , confesso ás palavras a dor que sinto , a tristeza que me invade e a confusão em que vivo . Perco-me nas letras cuidadosamente se formam em palavras de dor , de tristeza , e de confusão . São guiadas por um espirito desesperado e ganham a vida de uma alma cheia de sofrimento e de desânimo . Não interessa a forma que ganham enquanto os dedos digitam cada carácter , apenas a voz que desesperadamente gritam quando se realiza um leitura rápida . Liberto nas palavras o ódio que sinto por mais momentos de fracasso numa vida que caminha calmamente para o abismo . Um abismo que se vai anunciando aos poucos e isso ... bem , isso tortura-me , tira-me o sorriso do rosto , bem como a força que me resta . Diante das letras , arranco a dor que me invade , a tristeza que me acompanha e a confusão que habita em mim. Digo-lhes o que penso e elas juntas dizem-me o estado em que se encontra a minha alma . Sem saber o que dizer , sem saber o que escrever , escuto a chuva que cai no telhado , o barulho calmamente do vento tende a mostrar e respirando fundo , sinto no meu interior , no meu desespero a tentativa de o meu espirito se soltar , se libertar , da espécie corrente sombria que lhe acorrenta a um sentimento de desespero e angústia . Cansada desta sensação coloco tudo num saco . No saco escrevi lentamente com lágrimas "Esperança" , e encostei-o na janela . Na esperança , no necessário que o vento o leve , que o abra , e que a brisa húmida o espalhe bem no alto , para que quando acordar fique com força , energia , garra , vida . Agora vou deitar-me e sonhar nesse momento . Esse momento que me faça ser livre e que me faça brilhar como antes .

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